segunda-feira, 15 de maio de 2017

18º dia - Destino cidade de Pasto (CO)

13 de maio de 2017

Acordamos cedo, carregamos as motos e às 06:00h iniciamos nossa jornada do dia sem tomar café da manhã no hotel (também pudera pois a diária foi de apenas U$D 20,00 por pessoa).

O dia foi uma sequência de sobe e desce pois nesta parte da América do Sul as estradas são através de  montanhas, tanto que por aqui as pessoas se referem em quantas horas se leva de uma cidade à outra e não em quilômetros, pois 300 km de distância pode se levar até 8 horas para percorrer. Nesse dia saímos de uma altitude de 2.396 metros, descemos à 1.987 metros, subimos novamente à 3.050 metros, descemos à 1.533 metros, subimos outra vez à 3.310 metros, enfim, um verdadeiro tobogã, isso tudo em meio à um tráfego constante de caminhões, chuva e muitas curvas.

Paramos às 07:15h para tomar café em um local à beira da estrada e seguimos viagem. Menos de 1 hora depois o Rocha pediu para pararmos e constatamos que o pneu traseiro da moto dele estava totalmente vazio. Após uma tentativa inútil de encher o pneu com uma bomba manual rodamos até um posto de gasolina que, por sorte, tinha a poucos metros adiante.
Quando o Rocha tentou encher o pneu para verificar qual o problema, ou o local do furo, o ventil do pneu saltou fora, ou seja, o sujeito que trocou o pneu traseiro dele no dia anterior colocou um ventil não apropriado para a moto dele (segundo o Nilton, ele colocou um ventil de bicicleta).

Mais uma vez a sorte estava ao nosso lado pois novamente, à poucos metros do posto, tinha uma "gomeria" (borracharia). Desmontaram o pneu e levaram até o borracheiro que substituiu o ventil inadequado.

Resolvido o problema seguimos viagem pois queríamos entrar na Colômbia não muito tarde.

Às 10:45h chegamos em uma pequena vila, num destes pontos altos das montanhas e tinha uma procissão, creio que do padroeiro da cidade - o trânsito estava sendo desviado por estradas de terra. O Nilton tomou a frente e foi falar com uma policial que mandava os veículos para o desvio. Ela não queria abrir exceção para nós, porém o Nilton tanto que insistiu que ela deixou a gente "furar" a procissão. Veja o vídeo abaixo.

Alguns quilômetros antes da fronteira estava ocorrendo uma prova ciclística  e a velocidade do trânsito na rodovia estava sendo limitada pelo último ciclista competidor, escoltado por um policial em uma moto - imagina o tamanho da fila de carros, ônibus e caminhões. Fomos ultrapassando a fila até ficarmos atrás do policial da escolta. De repente o Rocha emparelhou com o policial,  pediu para passar  e acelerou. Eu e o Nilton vimos o policial fazer o sinal de negativo com a mão, acenando para o Rocha voltar mas ele já estava longe. Acho que para não ficar desmoralizado perante os outros que aguardavam atrás dele, deu permissão aos demais (eu, o Nilton e o Ricardo) para que passássemos.

Chegando na fronteira com a Colômbia, fiz os trâmites de saída do Equador e quando me preparava para iniciar a entrada na Colômbia, que estava exigindo a carteira de vacinação internacional (febre amarela) não encontrei a minha no lugar que imaginava estar. Desespero total!!! Abri todos os meus pertences no asfalto, ao lado da moto, e nada. Quando os demais chegaram e perguntaram o que tinha acontecido e falei para eles que a viagem estava terminada para mim alí. Nesse momento apareceu um sujeito, vindo não sei de onde e disse que, por U$ 30,00 ele me conseguiria um certificado de vacinação internacional.

Paguei o que ele pediu, dei á ele ma cópia do meu passaporte e em menos de 10 minutos eu tinha um certificado de vacinação internacional em mãos. Vou te contar: zona de fronteira é "Terra de Malboro" mesmo.

O interessante é que, enquanto ele ia fabricar meu certificado, eu achei o meu em uma mochila que levo no banco, e tinha esquecido que havia colocado lá.

Feito a entrada na Colômbia, fizemos o seguro SOAT (exigido para veículos estrangeiros que trafegam pela Colômbia) e seguimos viagem até a cidade de Pasto, onde chegamos às 17:00h.

Facilmente encontramos um hotel que satisfazia as nossa exigências e nos instalamos.
Amanhã o destino seria a cidade de Cali, cerca de 400 km de distância e, segundo nos informaram na fronteira, devido à chuvas dos últimos dias, as condições de tráfego não seriam das melhores.

Rodamos nesse dia 360 km.
Coordenadas do hotel: N1° 12.215' W77° 16.711'

Procissão em San Isidro (Equador)

2 comentários:

  1. Santo forte? Pode até ser, mas existem dezenas desses nas fronteiras tentando faturar alguma graninha dos migrantes.

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  2. Yes, saímos zeradinhos de San Isidro.

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