segunda-feira, 8 de maio de 2017

9º dia - Destino Arequipa (após passeio pelas Ilhas Uros)

04 de maio de 2017

A parte da manhã desse dia foi reservado para visitar as ilhas Uros, no lago Titicaca. Foi uma experiência super interessante conhecer o modo de vida destes nativos peruanos e colombianos que vivem em ilhas flutuantes, feitas de um junco chamado totora e ancoradas ao fundo do lago Titicaca por um sistema simples porém eficiente. O tour, que dura cerca de 3 horas, é barato (cerca de $$ 25 soles), incluído o translado do hotel até o ponto de pegar o barco e retorno ao hotel.

Cada ilha tem um presidente, que pode ser uma mulher que foi o caso da que visitamos. Ela recebe os visitantes e faz uma apresentação de que é feito uma ilha e a rotina dos moradores da ilha, mostra sua casa aos visitantes e oferece seus trabalhos artesanais aos visitantes, que é a sua principal fonte de renda. Curiosamente, o junco totora, além de servir como material para confeccionar as ilhas, também é fonte de alimento pois tem uma parte do junco que é comestível, e foi dado a cada visitante um pedaço para provar. Se você quer saber qual o sabor do junco, vou matar sua curiosidade: tem gosto de totora.

Após retornar do passeio, almoçamos no centro da cidade de Puno, fomos em uma seguradora fazer o seguro obrigatório para quem circula com veículos estrangeiros no Perú (seguro SOAT) e às 14:40h iniciamos nossa ida até a cidade de Arequipa onde chegamos cerca de 20:00h, extremamente cansados em função de termos viajado à noite (parte do trajeto) e em uma rodovia com alto tráfego de caminhões em grande parte, principalmente nos últimos quilômetros. Nos instalamos no primeiro hotel que encontramos. A cidade não é pequena e tem um trânsito caótico qualquer hora do dia. Estávamos tão cansados que nem saímos para jantar.

Percorremos nesse dia 313 km.
Coordenadas do hotel: S16° 23.143' W71° 33.276'

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Passeando pelas Plazas de Puno


Um grupo de motociclistas de Florianópolis (SC) que encontramos no centro de Puno

 

Lago Titicaca - Ilhas Uros








Eu e a Presidente da ilha

Presidente (mulher) da ilha Uros que visitamos explicando a técnica de fazer uma ilha flutuante



Apresentando o artesanato



No trajeto entre Puno e Arequipa - frio intenso por causa da altitude


8º dia - Destino Puno (Perú)

03 de maio de 2017

Após tomarmos café, resolvemos passar em uma borracharia para pegar umas ferramentas "emprestadas" ($$ 5 bolivianos) a fim de ver o que estava fazendo barulho na relação da moto do Ricardo. Foi constatado que a correia dentada, que substitui a relação da moto, estava um pouco folgada o que poderia ser o motivo do barulho. Feito o reaperto da correia iniciamos o trajeto do dia que seria pilotar até a fronteira com o Perú, fazer os trâmites de migração e ir até a cidade de Puno, no lado peruano do lago Titicaca, onde pretendíamos fazer um tour pelas ilhas Uros - famosas ilhas feitas de um junco chamado totora onde vivem milhares de nativos bolivianos e peruanos.

Chegamos às 10:00h na fronteira, fizemos a saída da Bolívia, trocamos os $$ Bolivianos que nos restavam e mais um valor em dólares americanos por Soles (a moeda peruana) e nos dirigimos para o escritório da imigração peruana para carimbar nossos passaportes. O próximo passo seria dar entrada, junto à aduana peruana, das nossas motos. Neste momento a coisa complicou: o funcionário começou a criar dificuldades, dizendo que tínhamos que ter seguro internacional para as motos. Resumindo: tivemos que dar dinheiro para ele a fim de que pudéssemos dar entrada no Perú com nossas motos, porém como todo corrupto por aqui, qualquer valor é o suficiente para resolver a situação, neste caso, míseros R$ 10,00 (por moto) foram suficientes.

Após alguns quilômetros rodados, depois de passarmos o pequeno povoado de Juli, a moto do Ricardo perdeu tração e parou de rodar. Paramos nos acostamento e desconfiávamos que o problema era na relação (sistema de transmissão da moto) que já estava fazendo barulho no dia anterior. Levamos cerca de 4 horas parados (grande parte desse tempo parados na beira da ruta) resolvendo o problema. Eram 11:50h quando paramos por causa do problema da moto e somente às 16:30h retornamos à estrada em direção à cidade de Puno, onde chegamos já noite. Na chegada em Puno, já dentro da cidade faltou gasolina na minha moto (por sorte em frente a uma "gasolinera"). Após abastecer e fazer um tour involuntário à noite (cidade com um trânsito extremamente complicado qualquer hora do dia), voltei a me encontrar com os demais integrantes que já haviam encontrado um hostel bem localizado.
Rodamos nesse dia 169 km.
Coordenadas do hostel: S15° 50.371' W70° 01.519'

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Fazendo reaperto da correia da moto em Copacabana


 Bienvenido al Perú





Parados na "carretera" por problemas mecânicos (mais de 4 horas)
 


Finalmente conseguimos transporte especializado para a moto estragada



Oficina (no povoado de Juli) - consertando a moto



7º dia - Destino Copacabana

02 de maio de 2017

Este dia seria reservado para percorrer La Ruta de La Muerte, conforme havia publicado anteriormente porém, devido ao ritmo dos dias anteriores, eu precisava descansar um pouco além de fazer uma readequação da bagagem da minha moto. Conversei com os demais integrantes e acertamos que eu ficaria na cidade de La Paz até o início da tarde e eles sairiam cedo, percorreriam a Ruta de La Muerte e nos encontraríamos no final do dia na Cidade de Copacabana, às margens do Lago Titicaca.
Nilton, Rocha e Ricardo sairam bem cedo, conforme combinado e você pode ler sobre a aventura deles neste dia através do blog do Rocha, clicando aqui.

Eu aproveitei minha manhã livre para fazer a troca de um pouco mais de moeda boliviana (para mais um dia de permanência no país), ir ao supermercado e turistar um pouco pelo centro de La Paz.

Saí do hotel às 13:00h para Copacabana e, novamente, enfrentei o caos da região metropolitana da cidade, com um agravante: a Ruta 2, que leva em direção à cidade de Copacabana está em obras então a confusão ficou maior ainda. Passei por dentro de pequenas ruas empoeiradas, seguindo somente o fluxo de veículos pois o GPS insistia em me levar pelo caminho normal, que estava interditado por conta de obras.

Passado este percalço, após alguns minutos que pareciam uma eternidade, saí daquela confusão e alcancei a Ruta 2 e fui recompensado com uma linda paisagem, tendo à minha direita a bela visão da Cordilheira dos Andes com seus picos nevados. Em determinado momento passei por um curioso aviso,pintado em uma placa à beira da ruta e não acreditei no que via. Voltei a fim de fotografar a placa pois se contasse ninguém acreditaria. Veja abaixo uma foto da placa.

 Mais adiante, já perto da pequena cidade de Batallas começa-se a avistar o Lago Titicaca, vista que vai nos acompanhar até a cidade de Copacabana. São paisagens deslumbrantes que se descortinam após cada curva.

Para se chegar na cidade de Copacabana é preciso atravessar um pequeno trecho do lago Titicaca de Balsa, da cidade de San Pablo de Tiquina para San Pedro de Tiquina. O detalhe é que são balsas extremamente precárias, eu diria que atravessar de moto é muito perigoso pois o piso das balsas é feito de tábuas rústicas, com um espaço entre sí que caberiam até a roda de um carro, ou seja, se vacilar durante o embarque ou desembarque da moto pode ocorrer um acidente. Felizmente tive ajuda do condutor da balsa mas creio que levei mais de 20 minutos para conseguir sair daquele sufoco.

O último trecho da Ruta 2, de San Pedro de Tiquina até Copacabana é de tirar o fôlego, sem palavras para descrever, então vou tentar mostrar isso através de imagens.

Chequei em Copacabana perto dás 16:30, utilizei a rede Wi-Fi de um pub e consegui entrar em contato com os demais integrantes, que já se encontravam na cidade. Juntos novamente saímos em busca de um hotel para passarmos a noite e decidirmos sobre o destino do dia seguinte.
Soube então que a moto do Ricardo estava apresentando um ruído estranho, na relação e estávamos na dúvida se ficaríamos um dia a mais em Copacabana para procurar um mecânico e avaliar qual o problema da moto. Decidiríamos isso no dia seguinte.
Distância percorrida neste dia: 175 km
Coordenadas do hotel: S16° 09.962' W69° 05.339'

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Placa, no mínimo, curiosa que vi às margens da Ruta 2



 A moto, tendo ao fundo os picos nevados da Cordilheira do Andes e as ruínas de uma construção típica dos altiplanos bolivianos.







Mirando o Lago Titicaca


Lago Titicaca com os Andes ao fundo












Copacabana (Bolívia)













quinta-feira, 4 de maio de 2017

6º dia - Destino La Paz

01 de maio de 2017

Saímos às 08:00h do Hotel em Cochabamba com destino à La Paz. Já sabíamos de antemão que dentre os quase 400 km que nos separavam de La Paz, uns 40 km seriam sem asfalto, conforme um motociclista da cidade de Cochabamba havia nos advertido.

A medida que começamos a subir a Cordilheira dos Andes a temperatura ia caindo rapidamente. Estávamos devidamente preparados para encarar as baixas temperaturas porém eu estava pilotando com luvas normais e em determinado momento tive que pedir que os demais parassem no acostamento para que eu trocasse de luvas. O termômetro do painel da minha moto chegou a registrar 4ºC, mas a sensação térmica era muito menor pois estávamos pilotando em velocidades que, ás vezes nesse trecho, alcançavam os 100 km/h.

Conforme fomos avisados pelo motociclista de Cochabamba, havia longos trechos em manutenção, sem asfalto, porém com cuidado é possível diminuir os riscos de se pilotar nesse tipo de piso com as motos totalmente carregadas e ainda sob o efeito do ar rarefeito, que faz com que qualquer esforço nos deixe ofegantes como se tivéssemos feito o maior dos esforços.

Após a cidade de Caracollo a rodovia (Ruta 1) é duplicada até a chegada em La Paz, porém neste trecho a altitude e o ar rarefeito nos causaram outro efeito que eu desconhecia: uma sonolência incontrolável. Várias vezes nesse trecho me vi lutando contra um sono que eu nunca havia sentido antes enquanto pilotava. Mais tarde, conversando com o Nilton, Ricardo e Rocha eles também disseram ter sentido o mesmo sono.

Quase na chegada à região metropolitana de La Paz minha moto sofreu pane seca (falta de combustível), a poucos metros de uma "gasolinera". Utilizei então o reservatório extra de cinco litros de gasolina e consegui chegar ao posto de gasolina, onde os demais já estavam, e completei o tanque.

A chegada em La Paz por via terrestre é surreal por dois motivos: a estrada que cruza a região metropolitana, para que vem do sul, é digna de um cenário de filme tal a confusão de pessoas que circulam e comercializam em suas margens, não dá para descrever por isso só vendo o filme abaixo para se ter uma idéia do que é aquilo. O outro fato é a visão que se tem de La Paz logo após se passar o último pedágio e iniciar a descida em direção da cidade. A cidade fica, literalmente, em um buraco e a vista lá de cima é digna de um filme de Steven Spielberg. Como não conseguimos para em um local seguro para tirarmos fotos da cidade vista deste ângulo eu peguei uma imagem da internet para mostrar.

Chegamos "lá em baixo" cerca de 15:00h e, após uma busca encontramos um hotel que satisfazia nossas exigências: garagem fechada para as motos, preço acessível e um mínimo de conforto. Nos hospedamos no Hotel Eldorado, praticamente no centro de La Paz.
Rodamos nesse dia 386 km.
Coordenadas do hotel: S16° 30.263' W68° 07.850'

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La Paz vista para quem chega por via terrestre






quarta-feira, 3 de maio de 2017

5º dia - Destino Cochabamba (BO)

30 de abril de 2017

Neste dia pretendíamos rodar até La Paz, capital da Bolívia, então acordamos cedo e combinamos de sair às 06:30h do hotel, já que não tinha "desayuno" incluso na diária. Porém neste dia nos deparamos com um fato desagradável para quem viaja pelas "carreteras" de alguns países da América do Sul: a tentativa de extorsão por parte de quem deveria dar proteção aos usuários das rodovias. Ao cruzarmos uma pequena cidade (Puerto Avaroa) por volta  dàs 07:50h, havia um posto policial, a rodovia estava bloqueada por um pedaço de corda e o policial que ali estava nos mandou encostar. Solicitou-nos o triângulo, segundo ele, exigido para todos os veículos que trafegam nas estradas bolivianas. Solicitou de cada um a autorização para trafegar na Bolívia juntamente com nossa habilitação e que nos dirigíssemos ao "escritório" do posto policial. Neste momento o Nilton dirigiu-se sozinho até ao pequeno barraco que fazia as vezes de escritório de posto policial e argumentou que havíamos consultado todos as representações diplomáticas dos países onde passaríamos e nenhum deles constava o triângulo como acessório obrigatório para motocicletas. Feito isso, o "zeloso" policial nos liberou, não sem antes saber se levávamos um estojo de primeiros socorros, exigido pela legislação boliviana. Dissemos que sim, tínhamos o estojo de primeiros socorros e fomos liberados.
Seguimos viagem e alguns quilômetros adiante, juto à um posto de pedágio, outra barreira e os policiais nos pararam. Mandaram-nos dirigir ao "escritório" munidos da autorização para trafegar na Bolívia e demais "papeles". Após uma rápida olhada nos documentos o policial nos pediu dinheiro, dissemos que não tínhamos, que usávamos "tarjeta" e ele nos liberou, porém antes de ir dei algumas moedas de $Bolivianos (moeda da Bolívia) para o sujeito.
Apesar do nosso esforço não foi possível chegar à La Paz em função das condições da estrada e também porquê a partir daí subimos uma cadeia de montanhas muito alta, com um tráfego de caminhões intenso além das péssimas condições da rodovia, o que me rendeu uma roda amassada em função de uma cratera que não consegui desviar a tempo. Vale ressaltar que a temperatura no alto dessa cadeia de montanhas era extremamente baixo.
Chegamos na região metropolitana de Cochabamba cerca de 14:00h, e mais uma vez fiquei surpreso com a modernidade das cidades grandes da Bolívia. Após almoçarmos fomos procurar um hotel, o que não foi fácil pois estava ocorrendo na cidade uma grande feira internacional (34ª Feira Internacional de Cochabamba) e os hotéis estavam bem lotados, mas conseguimos algumas opões e após rápida votação estávamos confortavelmente instalados no Hotel Ambassador.
Á noite, após jantarmos, pegamos um táxi e fomos visitar a feira internacional (FEICOBOL) e voltamos ao hotel. No outro dia teríamos que encarar a Cordilheira dos Andes, num percurso de quase 400 km até a cidade de La Paz, com algumas partes em manutenção, ou seja, sem asfalto.
Rodamos nesse dia 405 km.
Coordenadas do hotel: S17° 23.366' W66° 09.437'

Lá contribución

4º dia - Destino Portachuelo (BO)

29 de abril de 2017

Hoje o dia teve, para mim, dois episódios inusitados.
Saimos do hotel na cidade de Roboré cerca de 8:00 horas.
Após rodarmos alguns kms começamos a avistar uma formação rochosa muito curiosa perto da cidade de Chochis. Resolvemos ir ver de perto e saímos da estrada onde estávamos (Ruta 4) e entramos nesta pequena cidade e fomos seguindo uma trilha de terra até chegarmos em um Santuário católico onde estava tendo um retiro de jovens. Fomos recebido pelo padre deste santuário que nos mostrou com orgulho a igreja e as instalações - viramos celebridade alí pois até uma freira fez questão de ser fotografada em uma das motos.
Na primeira parada para abastecimento, na entrada da cidade de San José de Chiquitos, chegou uma "van", muito grande de onde desceu uma família sendo todos eles loiros, obviamente para mim não eram bolivianos. Estavam vestidos como se fossem Amish, aquela seita existente na América do Norte. Eram dois homens, duas mulheres e várias crianças, todos loiros. Pela maneira como estavam vestidas achei que eram missionários norte-americanos. Quando um deles veio olhar as motos comecei a conversar com ele e perguntei de onde era e ele, para minha surpresa, me disse ser boliviano. Me disse que o pai deles era imigrante canadense e morava a muitos anos na Bolívia. Ele próprio disse nunca ter ido ao Canadá. Pensei em pedir para tirar uma foto com eles porém eram extremamente tímidos. Mais tarde, ao longo da rodovia encontramos mais famílias como aquela então chegamos a conclusão que existe uma colônia relativamente grande de canadenses naquela parte da Bolívia. Posteriormente descobri tratar-se de menomitas bolivianos.
Chegamos em Santa Cruz de La Sierra cerca de 14:45h. Abastecemos e encontramos um lugar para almoçar. Dalí resolvemos ficar hospedados em um hotel na saída da cidade porém só fomos encontrar um em uma pequena cidade a uns 80 kms dalí - Portachuelo. Perdemos um tempo grande procurando hotel dentro de Montero, e quando chegamos em Portachuelo já estava anoitecendo pois era cerca de 19:00h, sendo que havíamos rodado nesse dia apenas 485 km.
Apenas passamos por Santa Cruz de La Sierra mas eu fiquei impressionado com a cidade. A Bolívia realmente é um país de constrastes, enquanto se vê muita pobreza nas cidades pequenas ao longo das rodovias, Santa Cruz de La Sierra é uma cidade muito moderna, com prédios residenciais de altíssimo padrão, muitos carros de luxo circulando nas ruas e muitas lojas bonitas por onde passamos.
Rodamos nesse dia 485 km
Coordenadas do hotel La Casona: S17° 21.237' W63° 23.633'

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Até a freira queria curtir a moto






segunda-feira, 1 de maio de 2017

3º dia - Entrando na Bolívia

28 de abril de 2017

A nossa expectativa nesse dia era chegar cedo no posto de imigração Brasil/Bolívia, fazer os trâmites em no máximo 45 minutos e rodar até Santa Cruz de La Sierra, porém as coisas não foram como a gente esperava. Chegamos às 09:35 para fazer o processo de saída do Brasil onde perdemos uns 40 minutos. Na imigração boliviana foi tudo muito lento. Calculo que havia umas 30 pessoas na nossa frente porém a fila não andava. Ficamos nos revezando na fila (15 minutos para cada 2) enquanto aguardávamos a fila andar. Porém, depois de, no mínimo, 1 hora e meia esperando conseguimos falar com um outro funcionário da imigração boliviana, explicamos para ele que estávamos de moto e queríamos pilotar até Santa Cruz de La Sierra, que ficava a 640 kms de onde estávamos. Ele nos atendeu, fez nossa entrada na Bolívia e dalí fomos até outro escritório fazer a entrada das motos, concluindo todo esse processo às 13:00 horas. Feito isso voltamos para a cidade de Corumbá para almoçar e aí sim, entrar na Bolívia. Ainda tivemos que comprar a moeda boliviana e nessa altura vimos que seria impossível chegar de dia na cidade de Santa Cruz de La Sierra, então nosso plano B era pilotar até a cidade de San José de Chiquitos, porém nem isso foi possível. Após entrarmos na Bolívia tivemos que passar em um posto da Polícia Caminera e pegar uma autorização para circular com as motos na Bolívia, onde o policial nos cobrou 50,00 bolivianos (cerca de 25,00 reais) por esse papel, sem direito a recibo, ou seja, fomos achacados já de cara. Enquanto aguardávamos a tal autorização, que ele foi datilografar em outra sala do destacamento de polícia, pegamos o chapéu do policial que ficou em cima da mesa onde estávamos e cada um tirou uma foto fazendo chacota. Por mais esta perda de tempo tivemos que dormir na cidade de Roboré, onde chegamos quase 18:00 horas. Abastecemos e fomos buscar um hotel na cidade.
Em toda a Bolívia os postos são guarnecidos pelo Exército Boliviano e o preço da gasolina para veículos estrangeiros é diferente do cobrado para os Bolivianos - é mais do que o dobro do preço da bomba.
Em função desses inúmeros contratempos rodamos nesse dia apenas 278 kms.
Coordenadas do hotel: S18° 19.805' W59° 45.367'

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A fila que não andava na imigração boliviana

Fazendo a entrada na Bolívia

 Pagamos 50 bolivianos por um pedaço de papel mas nos divertimos com o chapéu do policial (sem ele ver, claro)



 Motos estacionadas dentro do hotel em Roboré