quinta-feira, 8 de junho de 2017

42º dia - Destino Agua Dulce (Guatemala)

Dia 06 de junho de 2017.

Dia de enfrentar mais um passo fronteiriço, desta vez El Salvador/Guatemala.

Nessas alturas da viagem já estou comparando esses trâmites de imigração e aduana da América Central à uma máquina de moer gente: você chega no Panamá achando que é o cara, turista, bem-vindo e sai na outra ponta, ou seja, na Guatemala, se sentindo um estorvo, moído, resignado, dando graças à Deus que o processo demorou "só" 2 ou 3 horas, sem precisar apelar para um "helper".

Abasteci na cidade de Ahuachapan (El Salvador), paguei em dólares, e fui para a Aduana Terrestre de Las Chinamas, à 5 minutos de onde eu havia pernoitado.

Na América Central, o Panamá e El Salvador adotaram o dólar americano como moeda oficial, sendo que isso facilita bastante  a vida da gente, principalmente quando estou procurando para pernoitar - não preciso estar fazendo conversão para saber se o preço está bom ou não.. O Panamá ainda mantém, acho que quase em extinção, a moeda deles (Balboa Panamenho) mas o que circula lá mesmo é o dólar americano.

O posto fronteiriço de Las Chinamas fica no meio de um mato cercado de montanhas, parecendo um cenário do filme do Rambo - calor escaldante (para variar) e uma barulheira do bicharedo no meio da mata.

A imigração, seja de entrada ou saída, é rápida. O que demora mesmo são os trâmites na aduana, a importação temporária da moto (quando na entrada) e a baixa na importação temporária (na saída).

Na imigração, além de carimbar a saída no passaporte me deram um papelzinho impresso que disseram ser necessário apresentar na imigração de entrada na Guatemala. Imaginei que se perdesse aquele pequeno papel não seria possível entrar na Guatemala e nem voltar para El Salvador, ficaria tipo num limbo, no meio daquela selva, um purgatório centro-americano, sei lá.

Aqui os funcionários Salvadorenhos da aduana foram, todos eles, muito educados e prestativos.

Me chamou a atenção, tanto no prédio da  imigração quanto no da aduana, a foto oficial do presidente de El Salvador (como no Brasil) e ao lado dele, em outra foto separada, uma mulher. Achei que fosse a foto da Ministra das Relações Exteriores.
Perguntei, para o funcionário que me atendia, quem era a digníssima da foto. Ele me respondeu que era a esposa do presidente. Vejam só, a gente morre e não vê tudo.

                              Aqui sim, a gente fica sabendo de quem é a última palavra!
                          

                          
                         

Concluído o processo de saída de El Salvador, atravessei uma ponte e cheguei na Guatemala.

Imigração, como de costume, bem rápida, já a aduana demorou cerca de uma hora e meia e um custo de 160,00 Quetzales (moeda da Guatemala).

No final de todo o processo de importação temporária eles colam um selo no para-brisa da moto e você está liberado. Vale ressaltar que nessa fronteira não havia um único "helper" para encher o saco, em compensação tinha um único cambista, que não me deixava outra opção senão aceitar a cotação dele para me vender Quetzales, a moeda guatemalteca.

Iniciei todo o processo às 10:10h e às 11:50h já estava "listo" para rodar na Guatemala.

Como escrevi na postagem de ontem, quero conhecer dois lugares na Guatemala: as ruínas de Tikal e a cidade de Antígua.

Para conhecer as ruínas de Tikal vou ficar hospedado na Isla Flores, uma ilha localizada no lago de Petén, distante cerca de 70 km das ruínas. A distância total a ser percorrida, da fronteira com El Salvador é de, mais ou menos, 530 km que eu resolvi dividir em 2 dias.

Sem grandes novidades, rodei hoje (dia 06) 340 km até Agua Dulce, onde cheguei às 17:30h e me hospedei em um hotel de quinta categoria na beira da estrada, sem ar condicionado e sem café da manhã e com uma internet meia boca.

Uma coisa que tenho notado, desde que saí do Brasil, é que em todos os países por onde passei quando um motorista de caminhão quando está à sua da frente quer sinalizar que você pode passar por ele (dizendo que não vem outro veículo em sentido contrário) ele liga o pisca da esquerda e não da direita, como no Brasil. Porém muitas vezes ele não está te dando uma dica, ele está mesmo com intenção de ultrapassar outro veículo e, no começo, até eu realmente saber qual era a intenção, levei muito susto.

Rodei hoje 340 km.
Coordenadas do hotel: N15° 39.196' W88° 59.662'

Clique nas imagens para ampliar.


"Utiliza nuestro buzon ubicado en esta Aduana"
Eu ficava procurando um buzão estacionado na aduana e nunca encontrava.

Não ia encontrar nunca, olha só o que é buzon em espanhol.....kkkkk. 
É urna.

O papelucho que me disseram ser imprescindível apresentar na entrada da Guatemala.





"Listo"



7 comentários:

  1. Se encontrar o deus do sol dos maias manda ele dar uma passada no Sul do Brasil. Jaca

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  2. Algo que quero te perguntar desde que iniciei as visitas ao Blog: Esta foto da capa é do Aconcágua?? Boas estradas!!

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    1. Não Lunes, esse é o Monte McKinley, que vem a ser o monte mais alto dos EUA, com 6.194 metros, Ele fica "ubicado" no Parque Nacional e Reserva Denali, no Alaska.

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    2. Blz.....Lembro dele das aulas de Geografia, que assistia no século passado, mas ainda não tinha visto fotos. Abraço!!

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  3. Cuidado com a sinalização (diferente) dos caminhoneiros! Num trecho longo e cansativo, tem que ficar esperto!! Abraço!

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    1. Sim, acho meio burra essa sinalização deles, mas enfim.....

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