quarta-feira, 3 de maio de 2017

5º dia - Destino Cochabamba (BO)

30 de abril de 2017

Neste dia pretendíamos rodar até La Paz, capital da Bolívia, então acordamos cedo e combinamos de sair às 06:30h do hotel, já que não tinha "desayuno" incluso na diária. Porém neste dia nos deparamos com um fato desagradável para quem viaja pelas "carreteras" de alguns países da América do Sul: a tentativa de extorsão por parte de quem deveria dar proteção aos usuários das rodovias. Ao cruzarmos uma pequena cidade (Puerto Avaroa) por volta  dàs 07:50h, havia um posto policial, a rodovia estava bloqueada por um pedaço de corda e o policial que ali estava nos mandou encostar. Solicitou-nos o triângulo, segundo ele, exigido para todos os veículos que trafegam nas estradas bolivianas. Solicitou de cada um a autorização para trafegar na Bolívia juntamente com nossa habilitação e que nos dirigíssemos ao "escritório" do posto policial. Neste momento o Nilton dirigiu-se sozinho até ao pequeno barraco que fazia as vezes de escritório de posto policial e argumentou que havíamos consultado todos as representações diplomáticas dos países onde passaríamos e nenhum deles constava o triângulo como acessório obrigatório para motocicletas. Feito isso, o "zeloso" policial nos liberou, não sem antes saber se levávamos um estojo de primeiros socorros, exigido pela legislação boliviana. Dissemos que sim, tínhamos o estojo de primeiros socorros e fomos liberados.
Seguimos viagem e alguns quilômetros adiante, juto à um posto de pedágio, outra barreira e os policiais nos pararam. Mandaram-nos dirigir ao "escritório" munidos da autorização para trafegar na Bolívia e demais "papeles". Após uma rápida olhada nos documentos o policial nos pediu dinheiro, dissemos que não tínhamos, que usávamos "tarjeta" e ele nos liberou, porém antes de ir dei algumas moedas de $Bolivianos (moeda da Bolívia) para o sujeito.
Apesar do nosso esforço não foi possível chegar à La Paz em função das condições da estrada e também porquê a partir daí subimos uma cadeia de montanhas muito alta, com um tráfego de caminhões intenso além das péssimas condições da rodovia, o que me rendeu uma roda amassada em função de uma cratera que não consegui desviar a tempo. Vale ressaltar que a temperatura no alto dessa cadeia de montanhas era extremamente baixo.
Chegamos na região metropolitana de Cochabamba cerca de 14:00h, e mais uma vez fiquei surpreso com a modernidade das cidades grandes da Bolívia. Após almoçarmos fomos procurar um hotel, o que não foi fácil pois estava ocorrendo na cidade uma grande feira internacional (34ª Feira Internacional de Cochabamba) e os hotéis estavam bem lotados, mas conseguimos algumas opões e após rápida votação estávamos confortavelmente instalados no Hotel Ambassador.
Á noite, após jantarmos, pegamos um táxi e fomos visitar a feira internacional (FEICOBOL) e voltamos ao hotel. No outro dia teríamos que encarar a Cordilheira dos Andes, num percurso de quase 400 km até a cidade de La Paz, com algumas partes em manutenção, ou seja, sem asfalto.
Rodamos nesse dia 405 km.
Coordenadas do hotel: S17° 23.366' W66° 09.437'

Lá contribución

6 comentários:

  1. To amando esse blog!!!Tá muito emocionante! Que tristeza ver a corrupcao espalhada pela America latina, desde o mais baixo até o mais alto escalão.

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    1. Pois é Miri, agora peguei jeito em atualizar o blog. É que nem sempre a gente dispõe de uma conexão decente nestas partes da América do Sul.

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  2. Bom dia, já sei que entrou no peru, quando tiver condições gostaria de ler relato sobre este encontro, from Clóvis.

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    1. Bah Clóvis, bullying à distância...kkkkk
      Sim, ontem fizemos a imigração entrando no Peru na cidade de Yunguyo, que fica á 8 kms de Copacabana (Bolívia).

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  3. A América Latina está uma coisa vergonhosa!
    Em fim é a nossa realidade...
    Sigamos em frente então.
    Abraços, guri ! E que continue a aventura!

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