16ª dia - Destino região metropolitada de Quito (Equador)

Dia 11 de maio de 2017

Hoje o destino seria a cidade de Quito, capital do Equador.

Tomamos café e às 07:50h horas iniciamos nossa jornada do dia. Cerca de 50 km da cidade de Huaquillas encontramos a primeira de muitas barreiras policiais que encontraríamos em nossa passagem pelo Equador, e foi justamente nessa barreira policial que um dos policiais tentou me extorquir. Primeiramente me separou dos demais integrantes do grupo, que foram liberados, e examinou minha moto e falou que o pneu dianteira da moto estava careca (e estava mesmo).

Disse que no Equador isso resulta em apreensão do veículo e detenção de 15 dias para o condutor (me mostrou esse texto escrito em letras miúdas em um livreto). Falei à ele que iria trocar o pneu na cidade de Quito porém ele disse que não podia me liberar e teria que cumprir a lei. Para surpresa dele falei calmamente então que poderia cumprir o que estava escrito no livreto dele, sem problemas. Ele então, mudando de postura, perguntou se eu teria algum dinheiro para resolver a situação alí mesmo. Eu tinha mas, claro, falei para ele que não tinha nada, que tinha feito entrada no país na noite anterior e iria sacar dinheiro somente em Quito. Dei à ele então cerca de 4 dólares em moedas e segui para me juntar aos outros que estavam me esperando alguns metros adiante.

Rodar nas estradas do Equador foi uma grata surpresa, acabou a experiência de rodar com o deserto ladeando a rodovia Panamericana, que também é bonito. Agora tudo era muito verde, enormes plantanções de bananas ao lado da estrada, com montanhas cobertas de verde, muitas curvas nas partes altas além de, claro, inúmeras barreiras policiais que passamos sem sermos mais importunados.

O abastecimento de nossas motos no Equador tem sido uma agradável surpresa. Eu encho o tanque da minha moto com U$ 4,50/5,00. A gasolina super (90 octanas), custa aqui cerca de U$ 1,50 o galão (um galão equivale a 3,78 litros).

Na altura da cidade de Cumanda reencontramos uma velha "amiga" nossa: a altitude. Começamos a subir uma cadeia de montanhas, que não tenho certeza ser a Cordilheira dos Andes, e chegamos ao pico de 3.860 m de altitude, o que já é suficiente para nós e as motos, sentirem o efeito do ar rarereito. Nesse ponto o frio e a chuva passou a nos acompanhar também.

Chegamos na periferia da cidade de Quito cerca de 17:40h e após várias tentativas frustadas de chegar ao centro da cidade, pois a cidade tem um sistema viário muito complicado (ainda mais chegando à noite, com chuva e sem conhecer nada) conseguimos achar um hotel na cidade de Tumbaco - região metropolitana de Quito, aonde nos instalamos às 19:00h.

Rodamos nesse dia 610 km.
Coordenadas do hotel: S0° 12.830' W78° 22.992'

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Rotina de todos os dias: arrumar as coisas na moto, ás vezes antes mesmo do café.